terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Pra Não Dizer que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré

- Uma clássica do MPB! - 
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

A Hora Íntima - Vinícius de Moraes

Quem pagará o enterro e as flores 
Se eu me morrer de amores? 
Quem, dentre amigos, tão amigo 
Para estar no caixão comigo? 
Quem, em meio ao funeral 
Dirá de mim: - Nunca fez mal... 
Quem, bêbedo, chorará em voz alta 
De não me ter trazido nada? 
Quem virá despetalar pétalas 
No meu túmulo de poeta? 
Quem jogará timidamente 
Na terra um grão de semente? 
Quem elevará o olhar covarde 
Até a estrela da tarde? 
Quem me dirá palavras mágicas 
Capazes de empalidecer o mármore? 
Quem, oculta em véus escuros 
Se crucificará nos muros? 
Quem, macerada de desgosto 
Sorrirá: - Rei morto, rei posto... 
Quantas, debruçadas sobre o báratro 
Sentirão as dores do parto? 
Qual a que, branca de receio 
Tocará o botão do seio? 
Quem, louca, se jogará de bruços 
A soluçar tantos soluços 
Que há de despertar receios? 
Quantos, os maxilares contraídos 
O sangue a pulsar nas cicatrizes 
Dirão: - Foi um doido amigo... 
Quem, criança, olhando a terra 
Ao ver movimentar-se um verme 
Observará um ar de critério? 
Quem, em circunstância oficial 
Há de propor meu pedestal? 
Quais os que, vindos da montanha 
Terão circunspecção tamanha 
Que eu hei de rir branco de cal? 
Qual a que, o rosto sulcado de vento 
Lançará um punhado de sal 
Na minha cova de cimento? 
Quem cantará canções de amigo 
No dia do meu funeral? 
Qual a que não estará presente 
Por motivo circunstancial? 
Quem cravará no seio duro 
Uma lâmina enferrujada? 
Quem, em seu verbo inconsútil 
Há de orar: - Deus o tenha em sua guarda. 
Qual o amigo que a sós consigo 
Pensará: - Não há de ser nada... 
Quem será a estranha figura 
A um tronco de árvore encostada 
Com um olhar frio e um ar de dúvida? 
Quem se abraçará comigo 
Que terá de ser arrancada? 

Quem vai pagar o enterro e as flores 
Se eu me morrer de amores?

Mafalda - Quino


- Sim à democracia! Sim à justiça! Sim à liberdade! Sim à vida! -


domingo, 19 de janeiro de 2014

Mafalda - Quino


- Cuidado! Irresponsáveis trabalhando - 



Livro - O Pesadelo

Esse livro faz parte de uma das minhas séries favoritas: As Aventuras do Caça-Feitiço. Bem, não é uma coleção que qualquer um vá gostar, mas quem quiser ter um gostinho, o primeiro é: O Aprendiz.
Aqui, Tom já está quase formado como caça-feitiço. Ele e seu mestre vão para a Ilha de Mona, próxima ao Norte do Condado. Eles estão fugindo da guerra, que chegou a cabana do Mestre. Ali, nenhum refugiado é bem-vindo e eles terão que enfrentar os aldeões, uma nova criatura das trevas (buggane), um Xamã e uma antiga inimiga.

Resenha: Após a viagem à Grécia, o cenário para O PESADELO é outra vez o Condado. Mas tudo mudou, e uma grande surpresa os guarda: o que era para ser um simples retorno à terra natal se transforma em um pesadelo das maiores proporções. A fuga para a Ilha de Mona não sairá impune; afinal, o local não é deserto, e logo o trio descobrirá que há uma nativa nada amigável.

O livro, como os outros, é bem escrito e organizado. Todos os eventos estão correlacionados e tem um fechamento lógico. A história é ótima, mas não é para qualquer um. Você tem que gostar de uma coisa leve e nem um pouco normal, para curtir a história.
Muito fantasioso, com bastante aventura e um enredo complexo é uma história envolvente e chamativa, que te deixa curiosíssimo para saber o final. São sete livros, escritos por Joseph Delaney e traduzidos no momento no Brasil, se quiserem testar um aviso: "CUIDADO: Não deve ser lido à noite!"

Boa Leitura o/   

sábado, 18 de janeiro de 2014

Nada Como o Tempo - Desconhecido

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

- Façam as coisas sabendo que não vão se arrepender depois. Porque se for para se arrepender, seria melhor não ter feito nada. -

O Sonho - Clarice Lispector

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Livros - Legados de Lorien

Faz tempo que não posto sobre livros, então vou falar de uma série que adoro: Os Legados de Lorien. Ela é escrita por Pittacus Lore, o ancião chefe dos lorienos.
Conta a história de nove crianças que foram mandadas para a Terra, um pouco antes de o planeta delas ser destruído. Elas vem para poderem ser treinadas e poderem derrotar os mogadorianos, que estão tentando invadir a Terra, também.

Resenha: "Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos — mas somos reais. Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo." (Livro 1 - Eu sou o número quatro)


Eu nunca tinha lido um livro sobre alienígenas, sério. Essa é a primeira série e tenho que admitir: é muito boa. Adoro esse tipo de livro, super ficção, e além do mais, o autor soube muito bem como contrapor os acontecimentos bons com os ruins. 
Uma série que te faz chegar ao ápice da ansiedade, animação e desespero. Você acaba se apegando a todos os personagens e detestando alguns. O vilão tem tudo para ser lendário, ele inspira o ódio do leitor, mas ao mesmo tempo você consegue ver o ponto de vista dele, claro como a água.
Enfim, uma série ótima, com quatro livros lançados e uma sequência a parte, chamada: Os Arquivos Perdidos. Para quem gosta, recomendo; para quem nunca leu como eu: leia, pode ser que venha a gostar.

Boa Leitura o/

O Velho e a Flor - Vinicius de Moraes

Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta 
em pétalas de amor.